De Esperança a Arronches pelo trilho das rosas

E se a meio de um trail que mais parecia uma meia-maratona - primeiro Km em 3:58 -, dada a sua pouca tecnicidade, te visses no meio do mais inesperado dos trilhos, 1 Km ladeado de roseiras floridas que ornamenta a fabulosa vinha da Figueira de Cima onde é produzido o soberbo Reynolds?
A pomada já me tinha escorregado pela goela - nomeadamente na recente pós pintura da Arena do UTSM em que nos premiámos com umas sobras da edição de 2016 - mas nunca me tinha perdido pela vinha que, fui investigar, é tudo menos recente.
Foi a rosa no topo dos prados de carvalhos e sobreiros por onde decorreu o I Trail da Casa Juvenil Nossa Senhora de Assunção de Arronches. O evento realiza-se a sul do Parque Natural da Serra de São Mamede, a Organização tinha umas ideias que há uns cabeços ali para os lados da Esperança, mas isto de pessoas correrem e caminharem a pé por veredas prejudica muito a natureza e incomoda a bicheza e lá tiveram que, em cima da hora, proceder a mudanças. Sorte para os da versão longa (de 30 Km passaram a 23) e azar para os da versão curta, aquela por que optei (de 15 passaram a 19 Km). Isto da corrida de resistência é uma questão de chips. Programas a cabeça com determinado chip e cumpres, programas com outro muito diferente e também cumpres, o problema é quando o que tens de executar não corresponde ao chip colocado. Quando chegas ao fim da linha os fusíveis começam a estoirar. Hoje colocara o chip para 15 Km a ritmo de meia maratona. Assim fui até à citada Vinha da Figueira mas daí para diante foi penar. Ia a disputar o TOP10 - o que atesta o nível fabuloso desta 1.ª edição da prova :) - mas depois lá fui gerindo para chegar à Meta em 16.º, 2.º M50 que o amigo da há muitos anos Vivaldo Tanganho ultrapassou-me quando já me inebriara com o cheiro das rosas.
Gostei do evento, gosto sempre de eventos small is beautiful, desculpa-se sempre qualquer coisinha, a entidade organizadora liderada pela Lúcia Barbas procurou rodear-se de gente boa que a ajudasse e conseguiu, vários dos lobos de Arronches deram uma mãozinha, tiveram voluntárias simpáticas da AR Jovem - que nome bem esgalhado - o dia esteve óptimo para veraneio, a roulote da Super Bock seguia-nos como um fantasma e tudo acabou à mesa do Celeiro com um belo almocito. A desasada Maria fez a caminhada, a Inês a atravessar meio mundo a caminho de Vancouver, o jornalista lá pela capital a fazer e a papar jantaritos e a agora texugo Amy à espera do dia de amanhã. É que amanhã há mais, a corritar ou a caminhar São Mamede aguarda por nós. É o belo final de Primavera de 2017.
Na Alameda das Rosas




Nas margens do rio Caia ansiando pela Meta que tardava.

JC não para!

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