Mérida cada vez mais romana

Desasados!? Nem se nota!
Em Roma sê romano e em Mérida ... também! Reza a história que o imperador Octavio Augusto mandou fundar Emerita Augusta em 25 aC para que os seus reformados soldados recuperassem de uma agitada vida à beira do doce Guadiana ali para os lados do paraíso. A história de Mérida foi em crescendo, nela foi sendo construído tudo o que uma metrópole do império romano devia ter, chegou a capital da Lusitânia e é nos nossos dias a capital política da Extremadura. Para nós é essencialmente a cidade da Meia Maratona más bonita de España, já com 11 edições disputadas e com uma participação a caminho dos 2000 corredores; como já tinha sido a cidade do Fondo Popular, quando a Vitorina ainda tinha asas e voava. Ontem apresentou-se desasada, como anda desde a queda na Maratona do Porto em Novembro, mas continua a voar, baixinho, mas a voar, 7.ª feminina na casa da hora e trinta e cinco.
Eu também tenho andado desasado mas mais dos membros inferiores. Mas também ainda vou voando baixinho. Ontem as peneiras eram muitas mas a condição, sabia-o, não era nem podia ser a melhor. Lá fomos atrás do balão da 1 h 30 m, a vê-lo a afastar-se a pouco e pouco mas bem menos que o previsível. A concorrência da alcateia era de monta (viajámos 36 dos 39 inscritos) e o meu pelotão estava lá todo. Lá passei a Ponte Romana com o Sérgio e o Paulo, lá passei o Circo com eles os dois já depois de ter visto o filme da corrida na avenida do vai-e-vem, lá me marchei cuesta abajo até ao Aqueduto dos Milagres ainda convencido de que são possíveis. Não foram. A partir do meio da corrida foi gerir o desgaste. Ao chegar aos magníficos Teatro e Anfiteatro romanos (Km 19) as forças começaram mesmo a faltar e lá me apanhou a Vitorina para me levar de mão dada até à Meta a ensinar-me como é que se deve gerir uma prova de trás para a frente. Emerita foi fundada para jubilados mas eu recuso-me. 1 h 35 m e em 2018 regresso lá!
Regresso eu e regressa a alcateia que a prova está cada vez mais identificada com o riquíssimo legado arquitectónico que a tornou Património da Humanidade e não há já praticamente nenhum monumento significativo por onde não passe. Ontem enchemos um autocarro e à Meta chegámos 35. Isso e a vitória colectiva, que já conseguimos por diversas vezes neste evento. Que bem sabe esta vitória colectiva já que contam as 6 melhores classificações, 4 masculinas e 2 femininas.  É preciso ser uma verdadeira equipa para o conseguir. Banho de água gelada que o caldarium romano é novidade que a Mérida actual parece desconhecer, refeição partilhada ao ar livre sob umas pingas, parabéns cantados ao aniversariante do dia, o Pedro Tavares, a obrigatória paragem em Degolados para um cafezito e mais não pedimos. Foi um grande dia no Império da felicidade.
Resultados completos da XI Meia Maratona de Mérida.
 
Na Ponte Romana ao Km 2 à ida entre 1700

Na Ponte Romana à vinda (Km 17) a tentar o TOP300 e o sub 1h35
Os 5 pertencem à alcateia mais uivante da região!

Fotos de Paula Maurício

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