6 longos para a Maratona de Sevilha
É duro o caminho até à Torre del Oro mas percorremo-lo de novo! |
Há quem diga que o difícil não é correr a Maratona, o difícil é prepará-la. Há mil e uma maneiras da preparar mas para mim, que tenho a mania de ler umas coisas, procuro uma gestação de 16 semanas, mais ou menos 4 mesitos, o tempo de gestação de um porco, o dobro do tempo de gestação de um lobo, mas eu sou já um lobo um bocado pouco jovem, tudo tem que ser feito com mais calma. De facto a preparação para a Maratona compara-se a uma gravidez planificada. Há o momento da consumação do acto - normalmente coincidente com o momento da inscrição e da marcação do hotel - e a partir daí não há retorno. Interrupção só no caso de se prever uma má formação do feto ou possibilidade de dano para a própria mãe. Era o caso em 2017 e por isso não fui lá em fevereiro, tal como não fui a Lisboa em outubro. Um ano em branco.
Vamos a ela! Não "vale nada" mas para mim é de Ouro! |
Os Longos teve cada um a sua história. O primeiro com uma perna a falhar logo ao Km 14, o quarto a obrigar a telefonema para o 112 familiar aos 25 Km porque começava a sentir o chão fugir-me por debaixo dos pés, o quinto na estrada das Carreiras foi divinal, e o sexto, ontem, em manhã de nevoeiro, foi suficiente para me relembrar do que é a Maratona para mim: 30 Km + 12 Km. Será de novo assim, não há volta a dar-lhe.
A Vitorina ainda vai pior preparada mas no dia já sabemos como é. O cheirinho a competição dar-lhe-á asas. Na última, no Porto, em 2016, jurou que nunca mais e ainda não sabia o que a esperava quando a asa arrefecesse após a famosa queda na ponte D. Luís. Também já me explicaram que a expressão "a memória dos homens é curta" se justifica com o facto de haver maratonistas reincidentes. Sem dúvida, o que não se faz por uma simples medalha de finalista. Uma salada de sofrimento e êxtases. A vida, em todo o seu esplendor. Voltarei para contar como foi.
Alcateia ACP de novo em Sevilha! |
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